Acordo cedo. Visto à calça, coloco a farda, calço o tênis. O café já esta na mesa, mas já estou atrasado. É assim o ano todo, todo dia de aula. Chego à escola, lembro-me que esqueci, tinha atividade para fazer e o professor já ta na sala cobrando. Ligo para os amigos e digo: - Quem fez? Preciso copiar. Uffa, sair do primeiro sufoco do dia. Tanta coisa já aconteceu e ainda são oito horas da manhã, bate o sinal é a segunda aula. No fim do corredor vem a professora de Religião, toda arrumada e feliz demais para àquela hora do dia.

Começa a aula. Fico em uma eterna luta entre fingir que entendo o que ela fala e não dormir (Dormir, sempre vence). 09h e 30min, hora do intervalo, bate uma fome colossal comeria até um boi inteiro, mas um enroladinho resolve. Os 15 minutos de intervalo se transformam em meia hora, dependendo da aula, em até 45 minutos. Depois das dez uma odisséia se passa, mas não chega 11h e 30min, a fome aumenta e o enroladinho que comi só agitou os vermes.

Toca o sinal, todos saem correndo como loucos desvairados numa espécie de corrida de obstáculos escolar (Sai correndo, desvia da professora, empurra o colega, chuta a mochila no chão, pula a cadeira, abre a porta e finalmente sai da sala – Freedom). Saio da escola e penso, se for correndo ainda pego Dragon Ball.